segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trabalho sobre Socialismo

Faculdade Piauiense – FAP Teresina
Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito
Disciplina: Introdução a Economia
Professora: Ana Maria Chaib Gomes Ribeiro, MSc


1. Leia atentamente todo o enunciado, antes de começar a responder. Tenha cuidado com a expressão escrita. Seja original e crítico nas suas respostas. Desenvolva as suas respostas
2. O trabalho pode ser individual ou em dupla, e vale até 10,00 (dez) pontos se correto.
3. O trabalho é opcional. Ninguém é obrigado a fazê-lo;
4. As respostas devem partir da compreensão de cada aluno. Respostas copiadas ou similares às apostilas, livros, xerox ou a de outros alunos serão consideradas nulas.
5. O exercício devera ser entregue até dia 19-06-2009, data da avaliação bimestral, e pode ser feito via Internet (formato .doc ou.pdf) ou em papel entregue na sala de aula. Não serão recebidos trabalhos fora da sala de aula. Os trabalhos entregues depois do dia marcado não serão considerados.
6. Você pode e deve consultar outros textos sobre o assunto.
TRABALHO SOBRE O SOCIALISMO

Leia atentamente o texto sobre a ascensão do Socialismo


A crise do capitalismo, a guerra e o socialismo

Apresentação

O comportamento do imperialismo no Iraque, na Iugoslávia, na Colômbia, na insistência em manter e ampliar a OTAN a todo o globo e desenvolver o chamado escudo espacial, está indicando com clareza qual é a sua verdadeira natureza, profundamente analisada neste texto de J.Posadas.
Mesmo com a desaparição da URSS - mas não das experiências socialista no mundo - o capitalismo não inaugurou nenhuma 'era de paz': mais recuou o campo socialista, mais avançou o militarismo, a barbárie e a agressão.
A força da análise dialética é imbatível: a história ensina que é necessário preparar-se para enfrentar, por meio de uma frente única entre todas as forças, movimentos e países progressistas, a violência reacionária do capitalismo, opondo a ela a organização revolucionária, que inclui a preparação militar.
Os acordos militares entre a China, a Rússia e mesmo a Índia, neste contexto, representam um avanço necessário. O exemplo revolucionário de Cuba, que leva adiante a experiência socialista ao seu nível mais elevado considerando as circunstâncias históricas e o seu isolamento, é um elemento que dá à humanidade a força para enfrentar o capitalismo e permitirá retomar o caminho da construção do socialismo no mundo, superando as conseqüências da guerra generalizada que o capitalismo já está praticando.
A guerra é uma necessidade do capitalismo. É parte da concorrência capitalista e tem origem na acumulação do capital. Não incide diretamente na comercialização, porém na produção e no lucro sim, porque a indústria de armamentos representa quase vinte por cento da produção dos grandes países. E em alguns casos, como os Estados Unidos, se a fabricação de armas chega a parar há um colapso - não uma crise - e se afunda tudo.
Os maiores capitais do mundo estão investidos nas armas atômicas, que são do Estado, mas que paga às empresas privadas. Existe uma infinidade de empresas privadas que produzem peças, preparados químicos atômicos, que depois vendem ao Estado. Logo a fabricação de armamentos convencionais é uma parte preponderante em todos os orçamentos. A parte constituída pelos armamentos chega a vinte e cinco por cento da exportação da França; e a mesma coisa ocorre com a Bélgica.
Isso forma toda uma camada de gente que deseja a guerra, e que se não pode provocá-la entre os grandes países, fornece a outros países que guerreiem. Isto não que dizer que fabricam a guerra, esta é uma necessidade social para quem dirige ou para quem se defende. Então, quando estes setores vendem armas, vendem-nas em determinadas situações e investem ali. Se tudo isso se paralisa, desencadeia-se uma crise na qual o capitalismo estoura, porque justamente na indústria de guerra ele avançou muito no controle sobre setores da pequena burguesia alta e média; isto significa que se esta não vê perspectiva, abandona o campo capitalista.(...)
A especialização existia antes porque não havia o conhecimento científico da eletrônica, do movimento do átomo, das relações átomo-movimento - energia. Ao passo que hoje, qualquer operário que estuda aprende em seguida e maneja uma máquina eletrônica, mesmo as mais complicadas. Isto significa que a pequena burguesia já não tem a mesma categoria que antes, quando constituía um setor bem diferenciado. Hoje não, cada vez mais se sente parte daquilo que produz, uma vez que ao apertar o botão está produzindo. Existem complexos (assim chamamos pela quantidade enorme de aparelhos e pela variedade) que são manejados apenas por três operários. Quer dizer, que a generalização do sistema de produção vai eliminando o proletariado, vai reduzindo o número de operários, mas também vai ganhando a pequena burguesia técnica e científica às fileiras do proletariado.
Ao mesmo tempo em que se desenvolve este processo, o capitalismo não tem outra solução que a guerra. E a decisão da matança que vai significar a guerra, existe independentemente da existência da vontade ou não de um outro capitalista, é a necessidade do regime o que produz a guerra. E por regime se entende que a estrutura econômica determina que para que a economia funcione, os planos essenciais devem ser decididos pela grande indústria, pelo grande capital, a grande finança, porque ao estar tudo concentrado estes determinam o movimento econômico das outras empresas ou dos grupos financeiros menores.
E acima de tudo, existe uma grande concentração porque cada vez mais se centraliza a função do grande capital nos países capitalistas, a concorrência é muito mais veloz, mais dinâmica e mais forte do que em qualquer outra etapa da história. Ao mesmo tempo, a concorrência significa a concentração do capital, da produção e o controle da economia e, significa também que no controle do exército, da polícia e dos ensaios atômicos estejam os setores que correspondem, nos grandes países, a esse enorme poder econômico da grande indústria e das finanças.
Estes são os setores que determinam a guerra e que podem decidi-la em qualquer momento, sem que o parlamento, presidente, possam intervir. São os grandes setores que dominam a economia.
Antes de chegar ao ponto em que o processo revolucionário domine em países como os Estados Unidos ou a Alemanha, eles farão a guerra. Sendo assim, é preciso fazer uma análise de classe, não uma historiografia sobre o que disse este ou aquele. Por exemplo, se falamos das plantas: o nascimento de qualquer planta, flor, tem uma vida, uma historiografia que começa na semente, na sua relação com a terra e depois, o desenvolvimento.
Existe uma unidade que termina na fruta ou na flor. Este processo é estudado tanto na botânica, como na biologia ou na genética. Mas quando se trata da sociedade, os comunistas afirmam que este princípio muda, que este comportamento é diferente.
Por que outro comportamento? É o medo da guerra atômica! Antes, como se comportavam? Então respondem: {na época de Lênin era preciso fazer assim, agora não}. Por que agora não? A burguesia foi obrigada a mudar de concepção, de natureza? O que mudou para que a burguesia aceite não fazer a guerra agora, ou, possa aceitar a imposição de não fazer a guerra? Quais são os exemplos históricos que existem?
Analisemos a China como exemplo histórico. Em 1948, foi o lugar onde Stalin tentou impor uma grande conciliação com Chan Kai Chek, e apesar disso foi necessária a guerra para que se triunfe a revolução. Não há mudança social sem guerra. E ademais, como o capitalismo prepara o seu comportamento? De que maneira demonstra que seja influído pelo progresso da história, ou que se enfraquece, ou se desorganiza como classe? Onde se vê, onde se expressa isso? Não existe nenhum exemplo. No entanto, nem os comunistas e nem os socialistas discutem assim. Simplesmente dizem: {a guerra atômica é uma barbaridade, é o fim do mundo}. Dessa forma atemorizam, começando por se atemorizarem a si mesmos, o que os leva a ceder frente ao capitalismo. Procuram com isso instalar-se no campo inimigo para vigiá-lo, impedir-lhe que faça a guerra, ou, para controlá-lo, persuadi-lo a aceitar as mudanças.
É uma filosofia mística, não equivocada, é mística: é conceber o comportamento humano diferente do que é, não determinado pelas relações de produção. E a grandeza de Marx, essencialmente, é haver mostrado o fetiche da produção, e a existência real, material do capitalismo. Mas, fetiche da produção e o capitalismo são uma unidade.
O capitalismo sem a produção não serve, mas a produção sem o capitalismo serve.
O capitalismo sem a produção não tem força, porque dela depende toda a sua forma de pensar, de conceber e de ver.
O medo do capitalismo é diferente do medo comum das pessoas. O capitalismo tem medo porque sente um vazio na vida.
As pessoas, por outro lado, sentem medo frente a um fato concreto, porque sentem-se com menos força, não conhecem o fato, não se sentem com capacidade, ou não conseguem concentrar a atenção para compreender.
O capitalismo não experimenta essas sensações; suas reações não estão determinadas da mesma forma que as reações comuns das pessoas frente a um acontecimento, mas pelo medo de ser banido da história. Isto o influencia brutalmente e faz com que se encerre no seu interesse de classe. (...)
Os comunistas não discutem assim. Discutem baseados em suposições, imaginações, e não sobre a conclusão científica que é preciso extrair do comportamento das classes na história.
O temor à guerra atômica não é medo. Quem tem medo da guerra atômica? Eles, os dirigentes comunistas, estendem o seu próprio temor - que não é medo - que surge do receio a sentir-se responsáveis da destruição do mundo. (...)
A guerra não é o fim do mundo. Será uma destruição maior que as anteriores, no entanto, com relação ao aumento da destruição também aumentou a capacidade científica, a consciência e a inteligência do mundo para compreender que pode refazer tudo e melhor do que era antes.
Existe uma difusão constante, incontível do conhecimento e da transmissão do conhecimento sobre a economia, a astronomia, sobre as leis da física. Existe um conhecimento imensamente maior que antes. Consequentemente há um aumento da segurança do mundo com respeito ao porvir, à natureza, à produção e ao universo. Anteriormente havia um processo tímido um processo tímido da parte da humanidade, que não tinha decisão, porque apenas um círculo restrito era que possuía a compreensão. Em troca, agora existem os estados operários que mostram que pode-se vencer tudo. A guerra atômica será proporcionalmente maior que as outras guerras, mas nada mais.
Os efeitos mais importantes da guerra não são as destruições materiais - isso se reconstrói qualquer que seja a destruição -, são o temor que impõe e o sentimento de paralisia que comporta.
Na etapa precedente da história, era a burguesia que, depois da guerra, voltava reconstruir o processo místico que é a produção capitalista. Hoje não, são os Estados operários que imediatamente desenvolvem a confiança dialética no processo materialista da história. É preciso discutir com os camaradas comunistas, socialistas e de esquerda, sobre estes fenômenos.
Nós não desejamos a guerra atômica; a guerra é uma conseqüência inerente ao capitalismo. Marx, Engels e Rosa Luxemburgo escreveram muito sobre isso. Rosa Luxemburgo tem belas análises onde mostra que a indústria de guerra é parte inseparável da vida do capitalismo. E hoje, a indústria de guerra é enormemente mais potente que na época de Rosa de Luxemburgo.
Todo grande país capitalista tem aproximadamente 30% de sua economia dedicada a guerra. Eles disfarçam de mil maneiras: (o sujeito que olha o céu, o outro que cuida as estrelas). São milhares de pessoas que estão em funções desse tipo para objetivos militares. Somente os soviéticos, possuem uns mil satélites de investigação sobre o sistema capitalista, que ao mesmo tempo servem para a meteorologia. E os ianques; quantos tem? Porque os ianques devem investigar os soviéticos e os seus rivais capitalistas, os franceses, os alemães e os japoneses.
A base essencial do medo é a insegurança, o desconhecimento e a insegurança do método para compreender, porque pode haver desconhecimento, mas sem medo. Por exemplo, pode-se desconhecer o que existe por diante quando se vai em um avião, mas se olha o mapa e pronto. Não se conhece o que existe por diante, mas isso não é medo, porque existe o mapa que dá o conhecimento que falta. Com respeito ao futuro, o medo tem uma razão de natureza social, que é mais importante, que a dos aparatos, porque se trata de reações individuais, de temor individual. Uma das conseqüências da propriedade privada é o desenvolvimento do sentido individual em todos os aspectos da vida. E uma das conseqüências mais importantes da revolução socialista é o desenvolvimento do interesse coletivo.
A base do interesse coletivo e a confiança que poderemos resolver tudo, realizar tudo.
O capitalismo não: consegue uma coisa, outra, depois? Enquanto que o Estado operário sabe: vejam a Rússia, que estava destruída, Lenin fez o programa, três anos depois concede a NEP (Nova Política Econômica), mas constrói o Estado operário.

O papel da violência no processo da história (...)
A revolução não é terrorismo, nem é violência individual, é a forma necessária para o progresso. Para empurrar um objeto é necessário um impulso e forçar o estado estático no qual se encontra. O estado estático também é uma das formas do movimento, se não; não é possível empurrar.
O capitalismo chama o movimento de terrorismo, mas para avançar é preciso mover-se, é preciso tirar o obstáculo que impede o movimento. Quando se crava um prego, como se faz para que este entre? Se diz: (entra preguinho). Para tirar um parafuso, como se faz? Se diz: (sai parafuzinho), ou se usa a força? É o que Engels mostra: a passagem da semente à flor tem formas violentas; existe um momento no qual da forma anterior ocorre a transformação, sem que se observe claramente. Isto é, não vai pouco a pouco, passando de um estado a outro. O nascimento da criança também é assim. Pode-se acompanhar o processo e ir influindo, organizando, estimulando, elevando o processo de crescimento, mais a etapa do salto dialético não pode ser impedida. Em nenhuma forma de atividade natural ou social, pode-se impedir o salto, porque este é a forma do movimento. Um processo que vai caminhando e para, interromper-se o movimento, mais não pára de mover-se; é uma interrupção do movimento que depois é retomado.
Na sociedade o processo da violência é a forma que adquire o movimento da sociedade no determinado momento, como o trem que caminha, a flor que nasce, o vento, as relações humanas. Quem emprega a violência em ações de terrorismo individual não tem nada que ver com o conceito dialético da violência como um processo necessário para o progresso da história, são formas de agir para intimidar.
A revolução não intimida, a revolução ganha, porque se revela numa forma superior, econômica, social e humanamente, através do Estado operário. É superior, não tem interesses individuais, procura elevar a humanidade nas suas relações econômicas e sociais para então desprender-se de toda forma de medo e de toda forma de imposição. Desaparecerá também o que hoje se chama violência, e será admitida como a forma normal do movimento, que por um período se concentra, adquire o processo da dualidade e depois, a dualidade se resolve numa forma superior.
Os comunistas não discutem assim, por isso não discutem nunca de dialética, e quando falam de dialética é um ponto longínquo e escondido. E, no entanto, o método dialético é a base para compreender a história. Por isso muitos deles são críticos em relação ao método dialético, quando na verdade, todo sábio ou cientista, é dialético, mesmo que não saiba. J. Posadas (http://revolucaosocialista.vilabol.uol.com.br/crise5.html)

Padrão de resposta esperado
Mostrar a importância das crises capitalistas e o movimento de ascensão do socialismo (3,0 pontos)
Fazer a relação ou não com a crise ocorrida recentemente nos Estados Unidos, mencionando pontos comuns e pontos divergentes(3,0 pontos).
Colocar o seu ponto de vista sobre o assunto(4,0 pontos)

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